Vídeo falso de 2019 alegando que a vacina contra gripe causa câncer volta a viralizar nas redes sociais e especialista desmente
Vídeo publicado nas redes sociais: "Facebook", "TikTok" e "Youtube", ganha grande repercussão durante a ocorrência da vigésima quinta campanha contra o vírus influenza no Brasil.
Na postagem, o homem diz ser "estudioso das vacinas" e alega que o imunizante responsável pelo combate ao H1N1 contém "vírus e fungos do câncer" e que seria utilizado com o propósito de controle populacional, o que é desmentido pela mestre em imunologia e PhD em Biociências e Fisiopatologia Letícia Sarturi.
Conforme a especialista, não existem fatores, os quais propiciem o desenvolvimento de câncer por intermédio da imunização, pois ele é originado por mutações, além do fato de a composição da vacina ser do vírus inativado, o qual não provoca nenhuma doença.
"A vacinação não tem nenhuma possibilidade de gerar mutação em células. Não tem nenhuma substância presente em vacinas que provoque esse tipo de mutação", afirma.
Ademais, vale ressaltar o destaque prestado pela Doutora ao cuidado tomado durante a fabricação de agentes imunizadores, garantindo com que não hajam impactos negativos, recorrentes, pela sua aplicação.
"Os efeitos adversos da vacina, na maior parte das vezes são leves. E os efeitos mais graves são raríssimos. A ciência tem todo cuidado a respeito dessa relação causal com a vacina".
Efeitos das "Fake News" no cenário brasileiro de imunização:
Outro aspecto a ser mencionado, é a associação errônea que grande parcela dos indivíduos comete, relacionando sintomas como fraqueza muscular, dores de cabeça, enjoos, entre outros, a aplicação da vacina, o que não necessariamente está atrelado e acaba deixando mais pessoas com medo de se vacinar, implicando em uma baixa taxa de imunização populacional fomentada por discursos pautados em desinformação, como o retratado, e pelos movimentos "antivacina", o quais ganharam bastante repercussão, principalmente, durante as campanhas de vacinação contra o COVID-19, por disseminarem que os sujeitos vacinados virariam "Jacarés".
Segundo autoridades da Secretaria do Estado de Saúde (SES), a desinformação implica em consequências de caráter prejudicial no quadro de vacinação nacional, a exemplo do sarampo, doença viral que estava em processo de eliminação no país. Em Goiás, foram notificados 15 casos da doença em 2019 e em 2020, outros 5 . No ano passado (2022) a cobertura da tríplice viral - imunizante contra a rubéola, sarampo e caxumba - foi de 81,28% no estado. Esse porcentual é muito inferior ao necessário, que é de 95%.
O processo de imunização é essencial, não somente para garantir o bem-estar da população em geral, mais também para evitar a mutação de agentes infecciosos e sua consequente proliferação. Logo, é de suma importância que a vacinação ocorra de maneira eficiente e que "Fake News" como a retratada sejam identificadas.
Como identificar uma "Fake News":
Para reconhecer uma informação falsa é importante seguir alguns passos:
1- Verifique se as fontes são confiáveis, identificando quem são os produtores do conteúdo;
2- Observe se a informação está completa ou se ela não é um fragmento de uma peça maior ou um vídeo ou áudio cortado;
3- Faça uma busca nas redes sociais para checar se tem mais alguém falando sobre o assunto;
4- Pesquise o assunto ou dados relacionados em fontes confiáveis, meios de comunicação conhecidos ou veículos oficiais;
5- Recorra às agências de checagem.
Fonte: Youtube
Fontes do trabalho: https://g1.globo.com/fato-ou-fake/noticia/2023/06/01/e-fake-que-vacina-contra-a-gripe-cause-cancer.ghtml
http://www.ccen.ufpb.br/bsccen/contents/noticias/dicas-de-como-identificar-fake-news
https://opopular.com.br/comprova/vacinas-n-o-tem-virus-e-fungos-do-cancer-ao-contrario-do-que-alega-video-compartilhado-nas-redes-sociais-1.3026271
Aluna: Maria Eduarda Ferreira Mendes
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