quarta-feira, 7 de junho de 2023

MANEIRAS DE PREVENIR O ASSÉDIO VIRTUAL DIRECIONADO AO PÚBLICO FEMENINO

Infelizmente, o assédio virtual de mulheres é muito comum e cresce a cada dia. Isso inclui desde receber mensagens ou comentários não solicitados até cyberstalk. Mas, como acabar com esse problema?
Neste artigo, discutiremos algumas maneiras pelas quais a tecnologia pode ser usada para combater isso. 
FONTE:https://imgix.prensa.li/https%3A%2F%2Fstatic.prensa.li%2Fstories%2Feb%2F2a%2Ffc%2F18%2Feb2afc18-f3c7-44c9-98cc-5beae19ac592.jpg?fit=crop&max-h=450&mh=450&w=800&s=1b94e7d72c8ed09dcda9b14b51ec8c7c
O que é considerado assédio virtual? 
O assédio virtual é um ataque online repetido e persistente que causa medo, angústia ou dano emocional à vítima. Algumas práticas comuns de assédio virtual são: envio de mensagens constrangedoras ou com conteúdo sexual, difamação, discursos de ódio, perseguição e,. em alguns casos, até ameaças de morte.
Inegavelmente, o assédio on-line de mulheres é um problema agravante no Brasil. De fato, o tipo mais comum de assédio virtual é o cyberbullying, que consiste no uso de tecnologia para fazer outra pessoa se sentir inferior ou intimidada.
Embora qualquer pessoa possa ser vítima de assédio cibernético, as mulheres são alvo desproporcionalmente. 
Em 2020, uma pesquisa realizada pela ONG Plan International envolvendo 500 brasileiras, constatou que 77% declararam terem sido assediadas em um ambiente virtual. Inclusive, esse número é maior que a média global, sendo de 58%.
Já em relação à importunação pelos meios digitais, a pesquisa revelou, que 8 em cada 10 jovens brasileiras já sofreram assédio on-line.
Por isso, não é surpreendente que o debate do assunto nas plataformas de mídias sociais tenha ganhado tanta relevância.
Porém, quais as maneiras mais eficazes de erradicar esses inconvenientes? Primeiramente, é essencial que entendamos como isso acontece e quais são suas consequências. Desse modo, conseguiremos elaborar melhores políticas e tecnologias para proteger as mulheres contra esse tipo de violência.
 FONTE:https://ouvidordigital.com.br/blog/wp-content/uploads/2021/03/stop-gender-violence-illustration_23-2148600124.jpg
Qual o impacto do assédio virtual?

Embora a Internet tenha sido um benefício para conectividade e acesso à informação, ela também se tornou um terreno fértil para assédio e ameaças anônimas.
As maiores vítimas de violência online no Brasil são meninas e mulheres de 14 a 35 anos, segundo pesquisa do Observatório Brasileiro de Violência On-line, da Universidade de Brasília, de 2021.
A ONG SaferNet aponta que em 2021, nos seus canais de denúncias anônimas, as principais queixas das mulheres foram exposição de imagens íntimas, saúde mental, ofensas, fraudes, golpes, e-mails falsos e conteúdo violento/discurso de ódio.
O assédio virtual assume várias formas, desde trollagem e xingamentos até doxxing e ameaças de morte. Portanto, esse tipo de abuso direcionado tem um grande impacto em suas vítimas, levando a sentimentos de ansiedade, depressão e isolamento. Em casos extremos, pode levar as mulheres à automutilação ou ao suicídio.
Ademais, há muitas razões pelas quais as pessoas se envolvem em assédio online. Alguns fazem isso para intimidar ou humilhar seu alvo, enquanto outros procuram controlá-lo ou silenciá-lo. Contudo, em alguns casos, o assediador nem conhece a vítima.
Independentemente da motivação, o efeito é sempre prejudicial. Então, é imprescindível que encontremos maneiras de batalhar contra isso.

FONTE:https://static.prensa.li/stories/4d/6c/f0/4c/4d6cf04c-89f9-46f7-888c-341779e67634.jpg


Existem soluções tecnológicas para combater o assédio virtual de mulheres?

Certamente, a tecnologia por si só não resolverá o problema do assédio online, mas pode ser parte da solução.
Existem maneiras pelas quais a tecnologia é útil para combater esse problema, entretanto, precisamos pensar em outras formas de usá-la ao nosso favor.

Moderação em espaços virtuais

Plataformas e sites de mídia social deveriam conter moderadores para gerenciar o conteúdo e remover material ofensivo. Assim, seria possível desenvolver sistemas para monitorar melhor a segurança digital e identificar potenciais agressores antes de eles cometerem qualquer ato de violência.

Avatares personalizados

Os avatares personalizados são uma ótima ideia para a interação entre os usuários sem revelar sua identidade real. Ou seja, reduz o risco de ataques.

Navegadores seguros

Existem várias extensões e plug-ins de navegadores para ajudar a reduzir os índices de assédio online sofrido pelas mulheres. Por exemplo, a extensão Block Site permite o bloqueio de sites perigosos ou domínios específicos. 

Ferramentas de prevenção

As empresas desenvolvedoras de softwares podem criar ferramentas para evitar a propagação do assédio online. A princípio, algoritmos capazes de identificar e sinalizar conteúdo potencialmente abusivo seria uma opção.

Opções de denúncia anônima

Algumas plataformas de redes sociais como Facebook, Twitter e Instagram já têm opções para denunciar casos de assédio. Aliás, há várias organizações independentes que oferecem apoio às vítimas de assédio online, como o movimento Mapa do Acolhimento.

Rastreamento

Por fim, as autoridades poderiam usar a tecnologia para rastrear e processar os envolvidos em assédio online.
Isto é, realizar operações de prevenção ou trabalhar com provedores de serviços de Internet para identificar endereços IP associados a comportamento abusivo.



Como denunciar o assédio virtual?

Primeiramente, é fundamental coletar e salvar todos os dados do ocorrido, como, por exemplo, arquivos de e-mails, mensagens, fotos ou print screen.  
Logo após, procure uma delegacia especializada em crimes virtuais para registrar uma ocorrência. Caso a sua cidade não tenha uma, procure o departamento policial mais próximo para iniciar uma investigação.
Contudo, em situações de assédio virtual por meio de perfis anônimos, é importante agir rapidamente para fazer uma denúncia. Além disso, existem advogados especialistas em crimes cibernéticos que podem auxiliar em todo o processo.  Confira os artigos 138, 139, 140 e 147-B do Código Penal:
138 - Caluniar alguém, imputando-lhe falsamente fato definido como crime. Pena: detenção, de seis meses a dois anos, e multa.
139 - Difamar alguém, imputando-lhe fato ofensivo à sua reputação. Pena: detenção, de três meses a um ano, e multa.
140 - Injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro. Pena: detenção, de um a seis meses, ou multa.
147-B - Causar dano emocional à mulher (...) que vise a degradar ou a controlar suas ações, comportamentos, crenças e decisões, mediante ameaça, constrangimento, humilhação, manipulação (...) ou qualquer outro meio que cause prejuízo à sua saúde psicológica e autodeterminação. Pena: reclusão, de seis meses a dois anos, e multa, se a conduta não constitui crime mais grave.
 FONTE:https://prensa.li/@wiechorek/como-a-tecnologia-pode-ser-usada-para-combater-o-assedio-virtual-de-mulheres/#:~:text=A%20melhor%20maneira%20de%20combater,n%C3%A3o%20envolvimento%20em%20comportamentos%20abusivos

 Nessa pespectiva, faz-se falido salientar que a Violência Virtual, a qual atinge à todos os gêneros, em específico o público feminino, afeta o psicológico das vítimas, devido a grande demanda de discurso de ódio e atacar moralmente, essas consequências podem levar a
 pessoa a cometer suicídio e como já discutido, traumas para o resto de sua vida. Desse modo, é imprescindível que os cidadãos que utilizam a internet tomem cuidado com suas comunicações nas mídias sociais.

ASS: Cleidilene Carvalho. 




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